segunda-feira, 4 de julho de 2011

Uma carta que nunca remeterei






É estranho pensar que estou assim. Não! Parece que tudo parou por causa de você, e de fato, parou mesmo. Passaram-se mais de 3 anos e eu acreditei que tudo isso já tinha sido superado, mas não foi. Feliz ou infelizmente, como diz Pascal, "o coração tem razões que a própria razão desconhece".



Você não é a mesma e e eu não sou mais o mesmo também. Estamos diferentes, afinal, por menos que pareça, 3 anos são muito tempo. Seria estranho confessar para alguém sobre isso. É doloroso pra mim confessar que ainda amo alguém que não pode me amar. Sua vida é totalmente diferente e você mora muito longe agora.


Sei que você está feliz, na última vez que conversamos a sua felicidade estava estampada na sua voz, linda e doce, que ainda mexe comigo profundamente. Essa carta nunca vai chegar nas suas mãos por um óbvio motivo: eu não vou remeter. Ainda sinto meu coração bater mais forte quando algum amigo que temos em comum me fala de você, que teve contato com você, sempre pergunto sobre você e você sabe o quanto você foi e é uma personagem importante na minha vida.


Você me ensinou o que era amar no sentido mais completo e verdadeiro da palavra e do sentimento. Conversar com você ao telefone era mágico. Tomar um sorvete, nos meus momentos de falta de dinheiro era perfeito. Você é uma moça surreal e linda, por dentro e por fora, por isso que eu me apaixonei por você.


Mas tudo passou! Não dá pra viver de gotas de momentos que não voltam mais. Tudo acabou por um motivo que acreditamos ter sido divino, um chamado para a sua vida, eu não poderia acompanhar. Meu chamado era outro, minha vida tinha que seguir por um rumo paralelo ao seu, mas não o mesmo, só um pouco parecido.


Hoje, pela manhã, 3 meses depois de ter falado com você pela última vez acreditado que tudo passou, descobri que eu vivi um engodo. Eu ainda a amo, como se todo esse tempo não tivesse passado e não vou parar nunca de te amar...

Escritor: J.F

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